Por: Wanderson Camêlo
É possível usar vírus em testes rápidos para coronavírus, fazendo assim com que os conteúdos sejam contaminados? Isso é falso, ao contrário do que diz um print que circula nas redes sociais. A COAR entrevistou o doutorando em Biologia Parasitária, Raimundo Leoberto, para esclarecer o boato.

O conteúdo compartilhado pelo perfil do especialista em investimentos, Leandro Ruschel, no Twitter (mais de 375,5k seguidores), dizia: “Teste chinês que não funciona é coisa do passado. Agora ele está vindo com vírus, para dar uma forcinha na epidemia”. Na publicação, o perfil menciona a manchete de um portal Evening Standard do Reino Unido. O título da notícia, traduzida para o português, diz: “Kits de teste de coronavírus que estão indo para o Reino Unido estão contaminados com a Covid-19”.
Segundo Leoberto, essa possibilidade de contaminação dos testes não existe. “Teste rápido ineficiente: verdadeiro. Vírus usado no teste: falso. Pode ser que um ou outro possa ter vindo contaminado, mas usar vírus em teste rápido não confere”, assegurou ele.

“O que acontece é que alguns testes rápidos da China estavam vindo com uma eficiência muito reduzida (algo entre 30 e 40%) e o ideal é ter uma eficiência de no mínimo 80%. Então, não é que ele não funcione, é só que o resultado dele não é de confiança, pelo menos pra esse primeiro lote comprado. Agora isso do teste vir com o vírus, não tem nem cabimento… Os testes rápidos funcionam como se fosse um teste de gravidez. Só que, ao invés de detectar o hormônio beta-HCG, ele detecta o anticorpo do corona. Então não tem nada a ver ter o vírus no teste”, acrescentou o biólogo.
A COAR não encontrou nenhum site brasileiro de notícias que tenha repercutido a desinformação sobre a contaminação de vacinas em testes da Covid-19.
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