Um vídeo de uma receita caseira viralizou em grupos de WhatsApp no Piauí. O conteúdo foi feito por uma mulher identificada apenas como Elsa, que sugere uma receita simples e caseira para a cura do novo coronavírus. A mulher, residente de Trairi (CE), garante que a receita milagrosa é composta de cebola roxa, alho, folhas de boldo e gotas de limão. Ela ainda destaca que em sua família dois genros estão recuperados por causa da suposta receita. No entanto, a COAR sempre verifica conteúdos desse tipo e esclarece a população piauiense: informações não verificadas ou que não constam em sites de órgãos de saúde são duvidosas e geralmente, falsas.

O nosso primeiro passo foi verificar e coletar informações junto ao Ministério da Saúde. O órgão destaca que não existe nenhum método caseiro capaz de extinguir a Covid-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV-2. Os pacientes diagnosticados com essa enfermidade devem buscar o atendimento médico, assim como seguir as recomendações de higiene e isolamento social.
Em segundo, a COAR entrevistou o médico infectologista, Carlos Henrique Nery Costa, que alertou que não existe nenhum tratamento completamente eficaz para combater Covid-19.
“São necessários vários testes para alcançar o melhor método para a cura de uma doença. As etapas vão desde os testes in vitro, ou seja, em laboratório, testes de experimentação em animais, e por fim em humanos”.
Ele ainda destaca que esse tipo de receita pode ter graves consequências ao organismo, caso seja ingerida junto à medicação.
“É perigosa a indicação de métodos caseiros e sem orientação médica, pois não oferece nenhuma garantia para a saúde do paciente”.
Contudo, os conteúdos falsos no Piauí desviam a atenção das medidas que realmente podem conter o vírus. Todas as fontes de informações devem ser verificadas antes do compartilhamento.
Com o volume de desinformações sobre receitas milagrosas na Internet, a COAR recomenda que os usuários priorizem informações de instituições oficiais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. O último inclusive possui uma seção em seu site oficial, onde esclarece que informações falsas podem ser desmistificadas através de pesquisas por palavras-chave.
Escrito por: Maria Luísa Araújo e Marta Alencar
Referências da COAR: