Teorias da conspiração crescem cada vez mais com os estudos e a liberação de vacinas no combate à Covid-19. Essas teorias circulam um mundo todo. Uma delas vem desde o ano passado de um famoso negacionista italiano, Nicola Franzoni, que declara que em um vídeo viralizado na internet, que médicos e hospitais estão extraindo órgãos para o mercado negro. No vídeo, o italiano declara explicitamente que os mortos de Covid19 não morreram do vírus, mas deliberadamente foram mortos por médicos e hospitais para explantar o seus órgãos “quando ainda estavam vivos”.
É possível observar que no vídeo dos corpos pendurados dentro de uma câmara fria foi removida a marca d’água no canto inferior direito do vídeo, que vemos totalmente desfocada para não permitir o rastreamento da fonte. O vídeo está datado, como podemos verificar em uma postagem publicada em 12 de dezembro de 2014 na rede social russa VK com a marca d’água do site Kaotic.com.
Segundo Franzoni, como afirmado em outro vídeo ao vivo de 30 de novembro , seriam “casas da morte” onde os mortos seriam amontoados e seus órgãos retirados . O mesmo vídeo havia sido usado no passado para falar sobre clonagem humana , reptilianos ou corpos doados à ciência para escolas de medicina. O segundo vídeo mostra vários corpos de seres humanos com os intestinos expostos ou costurados após o que parece ser uma autópsia ou, na sequência da narrativa do vídeo, dos corpos dos quais teriam sido retirados órgãos.
Franzoni afirma que um médico está sendo filmado com a “bolsa para colher órgãos”. Na verdade, é impossível que um órgão seja removido dessa forma pelas seguintes razões:
- uma falta total de higiene que tornaria os órgãos inúteis e prejudiciais ao receptor;
- os órgãos devem ser explantados de um doador ainda “vivo”, ou seja, aquele com morte cerebral e artificialmente mantido vivo para manter os órgãos ainda intactos.
Além disso é importante ressaltar que a transferência do corpo do doador para o do receptor varia de acordo com o tipo de órgão a ser transplantado: para o coração no máximo 4 horas, para o pulmão menos de 6, para o fígado não mais que 12 e para o rim, 36 horas.
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Escrito por: Marta Alencar
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