Por Wanderson Camêlo
Conteúdo investigado: Criminosos atiram contra igreja e gritam “aqui é PT”
Onde foi publicado: Twitter e YouTube
Etiqueta: Se faz/Mentira
O conteúdo checado é um vídeo, o qual a nossa reportagem teve acesso através do Twitter. Alguns perfis vêm replicando a gravação claramente com o intuito de incriminar o Partido dos Trabalhadores.
“Tivemos acesso a imagens chocantes que seriam bandidos atirando em prédio de uma igreja evangélica. Os criminosos bradam gritos de ordem: “Aqui é PT meu, esquerda! Quer igreja, meu? Vai lá pro Bolsonaro”. A perseguição Igreja começou!”, publicou um perfil no Twitter no último dia 14. O responsável pelo endereço eletrônico descreve que a página é direcionada à direita bolsonarista.
A publicação foi repostada em uma postagem feita nesta sexta-feira, 18, pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann também no Twitter. O autor da mensagem ainda questiona a petista: “Já averiguaram estes criminosos atirando em uma igreja?”.
Por meio de pesquisas feitas através do Google, foi possível identificar que o vídeo checado está disponível em uma página do portal de notícias Vila Velha News, do Espírito Santos. Nele aparecem homens armados (com arma de fogo) atirando contra uma residência e dizendo: “Desgra…, é a tropa, porr…, é a tropa”.
O caso, segundo o meio de comunicação, aconteceu no sábado passado, dia 12, na Favelinha do Ibes, em Vila Velha, Grande Vitória (ES). Não se sabe o que teria motivado a ação.
Ou seja, o material checado pela COAR foi editado para parecer verdadeiro. No vídeo em questão, é possível notar que duas vozes masculinas fazem a narração. O primeiro diz: “Aqui é PT, aqui é PT, meu, PT. Esquerda!”. A outra voz completa: “Quer igreja, meu? Vai lá para o Bolsonaro; quer igreja? Vai ficar tudo lá junto com o Bolsonaro. Ademais: não há a confirmação de que o local atingido trata-se de uma igreja.
Alcance da publicação: O falso conteúdo também foi replicado no YouTube. O vídeo registrou 2 mil visualizações em um dos perfis da rede social analisados pela Coar e mais de 1,6 mil reproduções juntando os dois endereços no Twitter checados pela nossa reportagem.
A COAR ressalta que ao receber uma mensagem duvidosa, desconfie e não forneça seus dados antes de ter certeza de que é verdadeira. Qualquer dúvida nos contate pelo WhatsApp, Telegram ou pelo nosso e-mail coarnews@gmail.com ou mesmo pelo Instagram (@coarnoticias).