Por Marta Alencar
Três anos. Parece que passou rápido, embora foi um período de muitas lágrimas e suor, noites sem dormir, críticas de extremistas, além de ameaças e perseguições. A COAR lidou e lida com inúmeros desafios, mas continua servindo no combate à boataria e os rumores no Nordeste, a segunda maior região do Brasil com desertos de notícias conforme o Atlas da Notícia, que é o mais completo censo sobre a presença do jornalismo local no Brasil. O Atlas da Notícia é uma iniciativa do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) com apoio institucional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Eu criei a COAR em março de 2020 quando cursava o Mestrado na época, juntamente com a grande jornalista Ilriany Alves (co-fundadora). O que motivou a pesquisar sobre fake news foi a Fabiane Maria de Jesus, 33 anos, casada, mãe de duas meninas, que foi brutalmente assassinada por vizinhos após ser acusada de sequestrar crianças para realizar rituais de magia negra em Guarujá (SP), no ano de 2014.
Marta Alencar, editora-chefe da COAR
“O caso sempre mexeu comigo, não só como jornalista, mas como pessoa. Reconheço que a COAR é pequenininha como um grão de café e pode falhar, pois é feita por humanos, mas tentamos sempre acertar. Fiquem à vontade para criticar ou sugerir algo. Faço isso pela Fabiane Maria de Jesus e por todos aqueles que são vítimas da desinformação”.
Desde então, a COAR tem atuado no combate à desinformação no país, principalmente no Nordeste. E atua com três frentes: site (coarnoticias.com); Podcast E-COAR e COAR Educa (Extensão Educacional que oferta cursos gratuitos para a comunidade acadêmica e profissionais de diversas áreas).